domingo, 3 de abril de 2011

Primeira música no carro a gente nunca esquece

Trocadilho barato, mas que expressa fielmente essas coisas, há. Nas ultimas semanas com todas as minhas atividades e com meu tempo muito, muito corrido, decidi que iria andar de carro. Claro que sim, ora bolas, eu também tenho o direito de curtir alguns Km de vida, digo... alguns segundos de vida.
Em um dia de domingo, mais ou menos as 9 da manhã, bateu aquele estalo e eu decidi pegar o carro e dar umas voltas. Fora toda a emoção das milhares de estancadas, e uma saída da garagem digna de filme [não queira saber o porquê ], lá estava eu guiando aquele veículo e fazendo 4 coisas ao mesmo tempo [pra quem disse que homens não conseguem fazer duas... ao dirigir fazemos 4 no mínimo] foi então que me deu a idéia de ligar o som... maldita idéia. Ao apertar o botão 'ON' do som, em questão de segundos, toda a minha paz e a minha traquilidade foram embora...batidas, muitas batidas, chiados, chiados, chiados mais uma vez... e assim se fez o som de swingueira elétrica [nada contra]. Há há há. Deveria ser elétrica mesmo, pelo barulho que fizeram os altos-falantes, deu até pra sentir alguns elétrons percorrendo minha alma[mentira].
No dia seguinte, planejei minha mais maléfica vingança contra aquele maldito som... abri o Nero, coloquei pra gravar um cd de mp3, confesso que perdi horas escolhendo a ordem das músicas por estilo, gosto, sincronia, blê blê blê, blá blá blá... soltei minha risada maléfica e planejei a hora.
Tudo pronto, foi então que aconteceu, às 9 da manhã do domingo [... nesse mesmo programa e nesse mesmo horário...] entrei no carro e antes que o som pudesse dar qualquer sinal de vida própria, abri-o e tasquei-lhe o cd. Foram dois minutos de paz, quando ouvi de longe, Jason Mraz e toda aquela descontração tocarem nos graves do som... passado o êxtase inicial, sai [depois da estancadas, claro] e durante todo o percurso fiquei imaginando o que eu faria para andar ainda mais só pra ouvir minhas músicas... acho que eu seria capaz de secar o tanque, só pra ouvir toda a tracklist [super elaborada] do meu cd.
Ao terminar minha andarola, claro que tirei o cd de dentro... jamais daria a mínima oportunidade ao som  dele engolir e digerir diliciosamente o meu tão elaborado cd, há há há.



 Depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música. 
(Aldous Huxley)

Eu tinha que deixar a minha.

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