segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Poderia navegar, mas preferiu voar

Sempre fiquei encabulado com essa estória dos sacos de areia nos balões: tira-se irreversivelmente peso para voar... mas e a volta?
Acordei com essa idéia na cabeça.
Desde os últimos perdões, andava mais leve, mas ainda asism, pesado.
Levaram a caixa, mas acabamos sempre esquecendo alguma coisa...
Decidi, então, analisar meu "sacos de areia"... Aqueles que estão a tanto tempo pesando no balão que já fazem parte fisicamente dele.
Foi aí, então, que decidi voar mais alto, atirar os sacos de areia para que o abismo pudesse torná-los vento, redemonho ou meteorito. A cada saco jogado, então, o balão voava mais alto...
Um saco a mais atirado ao vento: conseguia ver o sol que insistia em se esconder atrás da montanha. Mais um céu abaixo e a minha mão quase chegava às nuvens... Mais outro e o universo azul se mostrava belo e longíquo ao meu ser.
Descobri em mim um ser mais sereno, capitão de um voo tranquilo ao universo da paz...
Muito tempo depois, entendi que se atiravam os sacos de areia ao infinito para não se ter peso e ser mais difícil de voltar, mesmo. Quando se voa assim, a preocupação em voltar é o de menos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário