quinta-feira, 26 de julho de 2012

Nirvana literário

Algum tempo atrás, assistindo àquela fantástica entrevista de Clarice Lispector concedida a um especial na TV cultura, a ouvi falar sobre ficar 'vazia' entre o período que se estende entre uma obra e outra. Acho que cheguei a esse mesmo nível, uma espécie de nirvana literário, não sei ao certo, porém, o que me deixa mais assustado é que nem é entre uma obra e outra é entre obra nenhuma e coisa alguma. Ou talvez não seja um nirvana ou falta de criatividade, mas uma filtragem. Ultimamente, mesmo com minhas férias inaptas, refleti sobre tanta coisa, mas cheguei à controversa conclusão que muitas dessas coisas não deveriam ser escritas, porque sendo elas lidas por mentes desavisadas, sendo elas má interpretadas, tornam-se facilmente armas estranhamente reversas e o tiro pode sair pela culatra. O famoso teste mental a que todos os que escrevem se pegam passando por ele, em alguma época da vida. Não sei, sinceramente o que aconteceu. Nenhum conto, por mais bobo que fosse, nenhuma crônica, nenhum texto no dia dos amigos, nada, nada e nada. Ou até sei, mas assim como os outros textos deixam de serem escritos por causa desse filtro invisível que curiosamente se estabeleceu, talvez esse 'acontecimento' seja ocultado, omisso, segredado. Fato é, que todas as verdades [inventadas, ou não] que tenho 'cantado' nos meus últimos textos, foram postas em xeque. É algo tão estranho, tão dúbio, porque eu tenho milhões de coisas para escrever aqui, tenho crônicas já bem feitas e concluídas , porém não sinto vontade alguma de despejá-las aqui e torná-las algo público. É tão egocêntrico, eu sei. Talvez, sejamos apenas mais um resultado das coisas e esse seja só mais um deles. Meus conceitos estão passando por uma mudança no momento, uma adaptação... 'Tô atualizando o acervo'... em breve os novos textos[por mais espedaçados que sejam] virão.  Espero eu que seja assim. Tô até em dúvida se posto esse ou não. 

Já foi.

Um comentário:

  1. acontece, tenho mesmo vergonha de postar certas coisas, mas vamos lá, Rodolfo, vc consegue! abraços!

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