sábado, 28 de janeiro de 2012

Piscina



O sonho de todas as crianças, e até adultos, é ter uma piscina em casa. O azul característico, a calmaria e a similaridade com um 'pedaço' de mar em casa é um daqueles desejos compartilhados por muitos. Mas a construção de uma piscina não é lá uma das coisas mais fáceis... Exige local, espaço e muitos detalhes para que o resultado seja o esperado. E quando é construída proporciona momentos únicos de felicidade e prazer... Uma piscina é capaz de reunir uma família inteira, de atrair amigos novos, de elevar seu 'status' e até de arrumar um amor, olha só. Se você quer dar um 'up' na sua área de lazer, construa uma piscina... É bonita e ainda traz de brinde amigos e amores.
Mas do que eu tenho medo mesmo, é das personalidades "piscinas". Elas possuem todas as características comuns à uma piscina... São atraentes e divertidas inicialmente, mas com o tempo desgastam e secam. Aquele fato típico de uma piscina: começa o dia cheia e após ser útil no que poderia ser, termina o dia mais seca, quase inútil. Não acaba aí: piscinas trazem bons frutos, mas são demasiadas perigosas. Quem nunca jurou que a piscina era rasa e ao se jogar nela procurou o chão e não achou? Pessoas 'piscinas' têm essa péssima mania também, nos jogamos intensamente nelas e não achamos nada que nos apare: acabamos nos afogando.
Outra coisa que ajuda na semelhança de pessoas e piscinas é a incerteza do que te espera. Experimente saltar em uma piscina no escuro: conhecer pessoas é da mesma forma. Tem aquelas pessoas que são tão similares a uma piscina que possuem até aquele desnível proposital para o exato perfil do utilizador. "Rasinha" para iniciantes, "média" para aqueles traquejados e "profundas" para aqueles que atingiram o nível máximo e são capazes de conhecer elas como são realmente... Múltiplas caras. Ah, e aquelas piscinas artificiais? Da mesma forma que existem piscinas de plástico, que ressecam ao sol, existem pessoas de plástico também. Essas não resistem ao tempo como as outras e acabam ressecando, perdendo o brilho e rachando. Essas piscinas de plástico são, por vezes, forçadas... Têm formas estranhas, volumes estranhos... E acham que são as melhores. Precisa dizer que existem pessoas assim também?
Pessoas, assim como piscinas, encardem, criam lodo, desbotam... O tempo atua de forma mais intensa em quem deixa ele atuar. Existem aquelas piscinas que, de tanto serem usadas, ou não serem usadas, talvez, racharam e perderam suas utilidades... Eu evito ser uma dessas.
Mas as pessoas serem semelhantes à piscinas é aturável... Triste mesmo é quando os amores são semelhantes à piscinas. E olha que, de natureza, amores possuem o mesmo ciclo de uma piscina: surgem, são bonitos, trazem felicidade intensa, chamam a atenção, decaem, racham, perdem a utilidade e em um determinado dia, são enterrados... Ah como é triste enterrar amores, enterrar piscinas. Aquilo que era para ser uma felicidade eterna tem seu fim e após uma difícil e dolorosa decisão, é enterrado, apagado do presente. Piscinas e amores enterrados são felicidades falidas. Não se enganem... Todos temos as características de piscina, todos já tivemos amores semelhantes à piscinas... E um dia, seremos uma felicidade falida também.


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